sábado, 6 de abril de 2013
Vettel é o Messi da F1?
No final da sessão de entrevistas após o treino de ontem, Sebastian Vettel foi perguntado pelo repórter da tevê italiana se a equipe Red Bull era o Barcelona da Fórmula 1 e ele, uma versão automobilística de Lionel Messi. O alemão discordou: “faltam ainda muitas vitórias e títulos para pensarmos em se comparar com os triunfos do Barcelona. Em relação ao Messi, acho que a única coisa que temos em comum é que existem muitos pilotos mais altos do que eu!”
Há muito mais do que isso, na verdade. Messi e Vettel tiveram em seus pais os primeiros (e até hoje principais) incentivadores: o do argentino era o técnico do primeiro clube que jogou, aos cinco anos de idade; e do alemão largou as corridas amadoras de que participava para cuidar da participação do filho no kartismo.
Mas o mais importante é que ambos também receberam desde cedo o apoio de grandes organizações para desenvolverem o talento natural que possuíam. No Barcelona, Messi teve custeado o tratamento para a deficiência do hormônio do crescimento. Já Vettel ganhou na Red Bull um patrocinador fiel desde os tempos do kart. Ambos sempre foram claramente os “diamantes crus” lapidados com esmero dentro do programa de jovens de cada organização.
Organizações que, por sua qualidade, permite que hoje estes jovens comandem o sucesso esportivo que elas possuem. Dentre as semelhanças, a grande diferença que fica é na maneira com que cada um brilha. Messi chama atenção por jogadas individuais num esporte coletivo. Vettel, pelo senso de coletividade ao colocar a equipe acima de tudo e se integrar perfeitamente nela num esporte individual. Neste sentido, as estrelas atuais do futebol e da Fórmula 1 são opostas.
(Texto da coluna “Direto do Paddock” publicada na edição de 221/02/13 do Diário Lance!)
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